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11/01/2008

Perguntas e respostas sobre febre amarela


Por que tem se falado tanto a respeito da febre amarela?


Atualmente, o vírus da febre amarela circula apenas nas áreas de matas. Não há registro de casos urbanos desde 1942. Por uma ação preventiva, o Ministério da Saúde acompanha todas as mortes registradas de macacos, que são os hospedeiros dos vírus. No final de dezembro foram registradas mortes de macacos no Distrito Federal e em Goiás. As autoridades, antes dos resultados de exames laboratoriais, chamaram a população para se vacinar, com o objetivo de proteger a população antecipadamente.


Onde a febre amarela está ativa? Quais as áreas de risco?


A febre amarela circula na natureza nas regiões Norte e Centro-Oeste, no Maranhão e em Minas Gerais. Essas são áreas consideradas de risco. Além delas, há as regiões de transição (oeste dos estados do Piauí, São Paulo, Paraná e Santa Catarina) e a de potencial risco (sul dos estados da Bahia e do Espírito Santo).


O alerta do Ministério da Saúde é para quais regiões?


O alerta é para Goiás e o Distrito Federal. A medida foi tomada pois macacos morreram próximos das áreas urbanas. A ação é preventiva, para proteger a população. A rede pública está chamando a população a se vacinar.


Como é possível se prevenir contra a doença?


A rede pública de saúde possui uma vacina totalmente eficaz contra a doença. Ela é produzida pelo Ministério da Saúde, por meio da Fiocruz. A produção brasileira é referencia mundial.


Todos devem tomar a vacina?


A vacina já faz parte do calendário de vacinação básica dos estados onde há risco de contágio e está disponível também no restante do país. A imunização pode ser aplicada a partir dos seis meses de vida. A recomendação de vacinação é para quem vai viajar para as áreas de risco ou quem não tenha se vacinado nos últimos dez anos e mora nessas localidades.


Quem já tomou a vacina deve se revacinar?


A vacina protege a pessoa por dez anos. Ou seja, se a pessoa tomou a vacina depois de 1999, não é preciso revacinar. A vacina é totalmente eficaz durante os dez anos.


Quem não mora na área de risco deve se vacinar?


A vacina está disponível nos postos de vacinação de cada estado. A recomendação é que, se a pessoa pretende ir para uma área de risco, deverá ir a um posto de saúde dez dias antes.


Para quem mora na área de risco, mas na região urbana, é preciso se vacinar?


É importante cconsultar a caderneta de vacinação. Se a pessoa tomou a vacina há mais de dez anos anos deve fazer o reforço. Se tomou depois de 1999 está imunizada.


Ao sair do posto de vacinação a pessoa já estou imunizada?


Não. O efeito de proteção começa a contar a partir do décimo dia após a vacinação. Ou seja, quem pretende viajar para as áreas de risco deve ir a um posto de saúde dez dias antes.


A febre amarela estava erradicada nas áreas urbanas desde 1942. Como está a situação atual?


Ela continua erradicada nas áreas urbanas. A febre amarela no Brasil tem sido exclusivamente silvestre. Entre 1996 e 2007, o país registrou 349 casos de febre amarela. Todos aconteceram em pessoas que entraram nas matas e não tinham tomado a vacina contra a doença.


Há o risco de a doença se espalhar para grandes centros urbanos, como Rio e São Paulo?


Existe uma grande barreira sanitária montada pelo Ministério da Saúde, estados e municípios contra a urbanização da febre amarela. A vacinação é uma mostra deste esforço. Em regiões de risco, a medida atinge mais de 90% da população. Outra mostra é o monitoramento das mortes de macacos. Uma ação sentinela para o risco de infecção de humanos. Isso significa que o Ministério da Saúde e demais autoridades sanitárias tem uma série de instrumentos que evitam o surgimento da doença em áreas urbanas.


Quais os sintomas da doença?


A doença é caracterizada pela febre alta, dor de cabeça, vômito e insuficiência dos rins e do fígado.


Existem contra-indicações da vacina?


A vacina contra febre amarela é contra-indicada em crianças com menos de seis meses de idade; imunodepressão transitória ou permanente, provocada por doenças (neoplasias, Aids e infecção pelo HIV com comprometimento da imunidade) ou pelo tratamento (drogas imunossupressoras acima de 2mg/kg/dia por mais de duas semanas, radioterapia etc); gestação em qualquer fase deve ser analisada; e reações relacionadas a ovo de galinha e seus derivados.

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